Ao nos depararmos com tais dúvidas, temos que reconhecer que, ao praticar esportes amadores no Brasil, você não administra apenas o desgaste físico, há que lidar igualmente com o esforço mental, emocional e financeiro inerente. "Viver para o esporte, e não dele, nos impõe uma situação de dedicação não reconhecida, de trabalho não remunerado, de esforço visto, (muitas vezes), como não-trabalho. Nós atletas amadores, precisamos da mesma dedicação, mas não recebemos em troca benefícios de uma relação profissional clássica: salário, reconhecimento e respeito " (Renato Amante).
Então, o que nos move a prosseguir? Em busca de respostas, creio termos encontrado a que melhor reflete nossos sentimentos e razões para tanta dedicação: "Os momentos de satisfação em um jogo, um treino bem feito, uma evolução no desempenho, cruzar uma linha de chegada sentindo-se bem, melhorando um tempo, uma promoção, uma escalação, são momentos que nos ativam e nos fazem seguir. São satisfações que nos movem a fazer o esporte, que nos incentivam a seguir treinando, trilhando o caminho difícil, exigente e pouco reconhecido. Tais momentos são suficientes e tão estimulantes quanto um salário bem pago" (Renato Amante).
Ao final, chegamos sempre à mesma e definitiva conclusão: o que de fato move o atleta amador brasileiro é a sua capacidade intrínseca de adaptação, suficiente para fazê-lo ir em frente independentemente da sua condição financeira, transformando as suas dúvidas e expectativas em motivação, na certeza de que tudo vale sempre à pena. (Adaptação da crônica de Renato Amante - "Conheça o Difícil Caminho dos Atletas Amadores no Brasil").
Foto: Reprodução Internet
Fonte: Blog Ultrarunning
Renato Amante: atleta amador paulistano de 32 anos, professor de educação física. Possui uma coluna de publicação quinzenal no RedBull.com, onde conta seus desafios para se tornar um corredor Ultraman.
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