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terça-feira, 18 de maio de 2021

EM MEIO À PANDEMIA, CLUBES SOCIAIS PROCURAM ALTERNATIVAS PARA ENFRENTAR A CRISE EM PORTO ALEGRE

Por muito tempo, vários locais reuniam pessoas de várias idades em busca de diversão como forma de se desvencilhar, ao menos durante alguns minutos, dos problemas do cotidiano. Neste caso, o assunto não são os Shoppings Centers, mas os Clubes Sociais com seus almoços, bailes, atividades esportivas e apresentações musicais, que entretiam a sociedade, apoiados nas mensalidades e da adesão dos bairros do entorno. A pandemia afastou muitos dos sócios que resistiam e obrigou os clubes a procurarem alternativas para enfrentar a crise.
O Presidente do Sindicato dos Clubes Sociais e Recreativos do RS (Sindiclubes-RS), Nelson Heck, lembra que grande parte destes clubes são sinônimos de tradição em muitas cidades, muitos deles centenários, até. Mas, como o tempo, encontraram fortes concorrentes. "Até os anos de 1990, ia tudo bem, mas ai apareceram as boates e os postos de gasolina, onde muito jovens poderiam fazer o que não era permitido nos clubes. Criou-se, então, uma lacuna entre as faixas etárias dentro das agremiações. "Muitas pessoas acabam frequentando até os 15 anos e, depois, só voltam com 30 anos, já casados", observa. Também Vice-Presidente do Grêmio Náutico União, Heck viu os impactos do coronavirus praticamente expulsarem o que restava de sócios, fato percebido pelos clubes em todo o Estado. "As entidades já vinham de arrasto antes da pandemia. No Gaúcho a coisa não está fácil. Perdemos 40% dos sócios. Mas, soube de clubes que perderam 60% ou mais", revela. Apesar dos problemas, o clube localizado na Avenida Praia de Belas, na Capital, se voltou à verdadeira razão de sua existência. "Quando tem uma crise, a primeira coisa que cortam é o lazer. Mas, estamos fazendo um trabalho de recuperação. O sócio que quiser pode nadar sozinho, sem professor. Nas academias, mesmo com professor, o sócio não precisa pagar", frisa Heck, que vê os clubes mais seguros da Covid-19 do que parques e ônibus.
Com 106 anos de existência, a Sociedade Gondoleiros de Porto Alegre, não teve a mesma sorte. Está fechada desde março de 2020, quando a pandemia estourou. Diretoria e funcionários se mantiveram ativos e chegaram a arrecadar cestas básicas por dez meses para músicos e técnicos que ficaram sem trabalho por causa da pandemia. Mas até as doações diminuiram. O Presidente do clube, Antônio Almeida, o "Toninho" lamenta a situação. Sem sócios pagantes, o Gondoleiros fechou as portas no Bairro São Geraldo, mas o otimismo não abandonou a diretoria. "Tenho muita raça e penso em projetos para levantar o clube. Sou nascido e criado aqui. Não quero parar", garante Toninho.
O Lindóia Tênis Clubes, no bairro do mesmo nome, notou a diminuição de sócios desde o início da pandemia. Caiu de 2.300 para 1.400 pagantes e atuantes. Mas, segundo o administrador, Pedro Rogério de Carvalho, o clube está funcionando a pleno. "Estamos negociando com o sócio. Se ele perdeu 30% da renda, por exemplo, ai paga menos, o equivalente", explica. Ele lembra que muitas pessoas utilizam os clubes justamente para recarregar as energias perdidas, com tantos problemas vividos de um ano para cá. "É a fidelidade do sócio que nos mantém", afirma Carvalho. (Por Christian Bueller - Jornal Correio do Povo)

Foto: Ricardo Giusti (Correio do Povo)

Edição: Blog O Braço de Ouro
Fonte: Jornal Correio do Povo edição de 03/05/2021

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