"Nossos ídolos estão morrendo e as aparências não enganam mais". A frase visceral da música "Como Nossos Pais", bem cantada por Elis Regina e Belchior, me faz refletir sobre nossos clássicos ídolos do Bolão e a perenidade de si próprios. Estão partindo, um por um. Entre tantos que já se foram: Amaury Petry, Neri Bugs, Paulo e Helena Araújo, Flávia Bugs, Silvo Benoit, Lilian Bossle, César Berg, João Carlos Kleinkauf, Olavo Augustin, Neri Grasel, hoje o Sins, quem sobrará para ídolo após a morte do último de nossos heróis?
Nós que vivemos as décadas de 70, 80 e 90, eternizadas pela maior coleção de atletas e artistas do Bolão, canonizadas pela comunidade bolonista da época, com a criação de lendas e mitos eternos, tanto por terem produzido dentro das canchas, como pelas personalidades marcantes, quase como uma legião de semideuses. Ou alguém têm alguma dúvida disso?
Não se pode matar o esporte do Bolão, embora muitos digam que o mesmo já está morto. Eu discordo veementemente. Eu acho que , talvez, esteja em "coma", ou coma "induzido". Dizem que a culpa é da falta de divulgação, da renovação, de atualização, mas acho que quem induziu esse coma foi a falta de criatividade de grande parte dos clubes, entidades e seus dirigentes, no passado.
Lógico que os atletas de hoje têm seus fãs, são amados pelo que realizam, mas serão reverenciados no futuro por terem deixado um legado relevante como Neri Grasel e Amauri Petry?
A verdade que os melhores, mais criativos, mais influentes, os maiores criadores de conteúdo mítico do Bolão e de histórias impagáveis, estão morrendo. Alguns, precocemente até. Contudo, viverão para sempre na história do Bolão "Arte", como merecem!
Pessimismo? Não! Constatação de quem acompanha o Bolão desde os anos de 1970.
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