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quinta-feira, 5 de junho de 2025

ESPORTE DO BOLÃO NA MELHOR IDADE: ATLETAS IGNORAM LIMITES

Fez muito frio em São Martinho (RS) nas disputas da 3ª edição do Campeonato Brasileiro de Clubes de da Melhor Idade Masculino de 2025, mas a temperatura não intimidou os atletas a vestirem shorts, calções, camisetas, tênis e demais acessórios, simplesmente, porque era dia de Bolão. Hora de suar a camisa. 
Contudo, parece a rotina de um time qualquer, não fosse pela média de idade dos jogadores. Eles têm acima de 60 anos e é comum se descobrir atletas depois da aposentadoria. Eles até tentam se dedicar com afinco aos treinos semanais e aprendem a conviver com as dores típicas desta faixa etária, como musculares ou nas juntas, mas nem sempre com sucesso. 
Muitos dizem sofrer de dores na coluna, mas também afirmam não sentirem nada quando estão nas canchas. Outros enfrentam dores ainda mais profundas fora delas, por conta da perda de esposas, de filhos ou da solidão que acompanha a velhice. 
Outros tantos manifestam sua intenção em "se aposentar de vez", mas voltam atrás quando vislumbram oportunidades de serem úteis novamente, tudo "Porque a vida continua, não é?", segundo eles. "Nunca pensei que nessa idade eu iria ter os títulos na categoria que tenho", diz um dos atletas, que, sem entendermos a razão, quis permanecer no anonimato. "Meus netos se enaltecem com o avô", conta ele. "Falam para todo mundo que o avô joga Bolão", emenda com orgulho. 
Para a grande maioria dos atletas, no entanto, os títulos e as medalhas no Bolão são apenas um complemento. O que eles mais ganham com o esporte da bola de madeira é "vida". "A gente vive mais. Nas canchas, você não pensa que está velho. Não temos tempo para ficar pensando em velhice, pois viajamos para todos os lugares para jogar Bolão. Ainda mais que aqui se tem um ambiente acolhedor e amigável", salienta nosso atleta anônimo. "Eu morro em quadra, mas não largo. Com toda a sinceridade, só se não tiver jeito, que eu tenha que vir de cadeira de rodas", conclui ele. 
Em comum, todos se sentem orgulhosos de poder fazer parte de uma ação, de poder representar uma agremiação, entidade, município ou estado. Isso lhes traz autoafirmação e estima, valores que se desfazem na velhice. 
E então? Você recomendaria às pessoas da melhor idade de sua relação que fizessem o mesmo? 


Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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