BOLÃO: MOVIDO À ERVA-MATE

Ilex Paraguarienses, mais conhecida como erva-mate. Chimarrão, mate ou tereré, a infusão e o jeito de beber essa planta prosperou no esporte da bola de madeira, de maneira a fazer parte do cotidiano de todo e qualquer bolonista. A origem vem dos povos nativos do continente, inicialmente pelos guaranis até chegar aos caingangues, mapuches, charruas e quíchuas, que consumiam e aproveitavam seus benefícios desde períodos pré-colombianos. As sociedades dos países sul-americanos, alguns de maneira regional e outros nacionalmente, industrializaram esse costume e que, mais tarde, ajudaram a fomentar a prática do Bolão. Com o tempo, juntamente com o café e a cerveja, transformou-se na "queridinha" dos desportistas do esporte das amizades. 

Na verdade, a bebida, tradicional em qualquer encontro comunitário e familiar, transcendeu fronteiras. A supremacia é tamanha que já tornou-se patrimônio cultural de alguns municípios brasileiros e conta até com uma Olimpíada anual, na cidade gaúcha de Machadinho. Isso mesmo, no Clube União, que, de vez em quando, aparece em nosso noticiário do Bolão. Embora seja consumida quente, segundo especialistas, possui propriedades refrescantes, assim como antioxidantes e anti-inflamatórias. Tudo isso por causa da presença de dois compostos chamados "saponinas" e "teobrominas", que ajudam o sistema imunológico, o humor e na resistência insulínica. Não é toa, portanto, vermos atletas saindo das pistas clamando por um chimarrão. 

Os especialistas também explicam que a erva-mate é aliada para quem quer potencializar treinos e jogos, pois oferece um benefício parecido com o do café: o efeito termogênico. Por esta característica, a bebida também é chamada no meio esportivo de "bebida dos campeões". Para se ter uma ideia, quando a seleção argentina viajou para o Catar, em dezembro de 2022, para jogar e vencer a Copa do Mundo, levou 240 kg de erva-mate na bagagem. 

Assim, "um mate a mais nunca é demais quando se fala em amizade", não è verdade? Viva o Chimarrão! Viva o Bolão!

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro