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sábado, 14 de junho de 2025

EU JOGUEI COM NERI GRASEL

Há quase um ano o Bolão perdeu um de seus personagens mais ilustres. Faleceu Neri Grasel, aos 63 anos de idade. Resolvi escrever este texto somente agora, por dois motivos: o primeiro em respeito ao seu desaparecimento, em segundo lugar, ter um tempo para conseguir recuperar, em minha memória, fatos relativos ao Neri. 
Nesse esforço de ir ao encontro de minhas recordações, logo me dei conta que seria uma tarefa difícil, afinal, porque o Neri jogou por diversos times, muitos deles rivais, e pouco pelo meu time. Essa relação é fundamental pelo vínculo do torcedor com o jogador. 
Percebi que foram apenas dois anos ao lado do craque. Ainda assim, tive como recuperar em detalhes aquelas tardes de sábados e domingos, há 26 anos atrás, eu e a Sílvia, junto ao Neri Grasel e sua companheira de vida e aventuras, Marla, na equipe de casais do Grupo Amigos do Vale, em Novo Hamburgo. Ainda calouro, já que foi só à partir de 1996 que a prática do Bolão ganhou espaço entre as minhas atividades preferidas, foi com ele que amadureci e desejei fazer parte de algo maior. Faz tanto tempo que as minhas lembranças até já estão com prazos de validades vencidos.
Sim, eu joguei com muito orgulho ao lado do bolonista Neri. Lembro-me como se fosse hoje dos campeonatos regionais, estaduais e torneios que compartilhamos como atletas, de meu saudoso capitão e professor. Lembro-me do arremesso macio, dos noves espalhados, da fala mansa e das orientações gentis de quem chamava a bola de "parceira". Como todo bom aprendiz, comecei a entender ali que podemos vencer sempre, mas sem esquecer que a derrota também faz parte do jogo. 
Ele foi um dos mentores que colocou o Bolão Gaúcho em uma nova perspectiva, mesmo sendo algo acontecendo dentro de um clube. Ganhou muitos admiradores, embora não a unanimidade. A sua morte deixou a minha casa em silêncio, o Bolão um tanto órfão e seus praticantes sem um ídolo. Ele também me deixou uma última importante lição: que as perdas acontecerão para que a gente possa sempre seguir adiante. 
Fique na paz de Deus meu eterno professor!


Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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