BLOG O BRAÇO DE OURO: UM SÁBADO HISTÓRICO PARA O GRÊMIO ATIRADORES NOVO HAMBURGO E, AO MESMO TEMPO, O FIM DE UM SONHO

sábado, 12 de outubro de 2024

UM SÁBADO HISTÓRICO PARA O GRÊMIO ATIRADORES NOVO HAMBURGO E, AO MESMO TEMPO, O FIM DE UM SONHO

Na manhã deste sábado, dia 12 de outubro de 2024, diretoria, associados e comunidade em geral celebraram o ato de retomada/posse da sede social do clube Grêmio Atiradores Novo Hamburgo, situado na Rua Marcilio Dias, nº 618, no centro de Novo Hamburgo. "Esse patrimônio é dos associados e também da nossa comunidade. Ela é nossa. A gente ganhou na Justiça. O Atiradores é o verdadeiro dono desse espaço", comentou Sabrina Cristina Wildner, Presidenta do Clube.

A retomada da sede social teve de tudo: sorrisos, minutos de apreensão e lágrimas. Como o clube não tinha as chaves em seu poder, foi preciso criar uma abertura para que associados e comunidade pudessem ingressar no histórico prédio, um verdadeiro patrimônio arquitetônico e cultural do município. Com a decisão judicial em mãos e com a presença da Guarda Municipal no acompanhamento, a família Atiradores foi, aos poucos, reencontrando os espaços que marcaram décadas de história, alegrias e encontros. As pesadas portas de ferro, o piso em preto e branco no hall, a elegante escada, o grande lustro no acesso principal e o salão social e o salão inferior que emprestava seu espaço para um dos mais apreciados restaurantes da cidade, praticamente todos preservados.

Infelizmente, o antigo Departamento de Bolão do clube, palco de glórias e conquistas, é o local mais prejudicado do clube. Restaram praticamente escombros e sucatas misturados com fotos, troféus e boa parte da história do Bolão do Grêmio Atiradores. Embora as informações de que as pistas e maquinários estariam ocupando seus antigos espaços, isso não se confirmou. Tudo foi removido e não se sabe do seu destino. Portanto, o sonho de retomada da prática esportiva e sua antiga glória ficaram no passado.

Lembrando que, em maio de 2007, o Grêmio Atiradores vendeu a sua sede social por R$ 2,5 milhões, em 60 parcelas de R$ 15 mil, além do repasse do passivo trabalhista de R$ 1,6 milhão. Contudo, os pagamentos nunca fora concluídos. Só uma pequena parte foi paga. Em seguida, o comprador repassou o imóvel. Mais tarde, houve a indisponibilidade do bem pela Justiça Federal a pedido da União para pagamentos de créditos devidos pelo Atiradores. A venda, então, se transformou numa grande batalha jurídica, encerrada neste sábado.