Final da Copa do Mundo de 2026, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Brasil x Argentina. Nossos eternos rivais abrem o placar com Lionel Messi logo aos 15 minutos. Apreensão da torcida brasileira diante da TV. Logo em seguida... ploft! O sinal da TV digitaliza e some. Uma pane na central técnica do estádio de Nova Jersey interrompe a distribuição da transmissão para o restante do mundo. O jogo não pode parar e a virada verde amarela é vista ao vivo apenas pelos 80 mil presentes no estádio.
Já pensou o tamanho do estrago?
É claro que isso nunca vai acontecer. Justamente pela importância da transmissão da partida no universo de um evento esportivo, todo tipo de redundância é providenciado para que este cenário seja impossível. Geradores para compensar a queda de energia, distribuição de sinal por internet, satélites, fibras óticas. Tudo é feito para garantir que o evento seja entregue com segurança a cada canto do planeta.
Essa introdução, no entanto, nos remete a uma importante reflexão: qualquer evento esportivo, muito além de promover competição e coroar o melhor naquela modalidade, só faz sentido se for visto. Audiência traz repercussão, repercussão traz prestígio e audiência, repercussão e prestígio trazem o interesse do público, empresas e patrocinadores.
E qual a melhor maneira de alcançar o maior número de pessoas possível no mundo atual? Um estádio, uma arena, uma quadra de Bolão comportam um número limitado de pessoas. Uma transmissão ao vivo permite que a "arquibancada" seja muito maior, ou seja, se as pessoas morarem longe do evento ainda terão uma alternativa para acompanhá-lo.
E não é apenas o peso da transmissão que alcança o espectador que faz sentido. A qualidade da transmissão é responsável pelo produto final. O show não é só do atleta que faz "noves", "180 pinos" e é campeão. A imagem não pode parar, travar ou ser influenciada por adversidades que limitem a sua chegada junto ao telespectador. Interrupções significam que seu engajamento será fortemente afetado e comprometido.
É sempre importante lembrar que o tempo de telespectador, desportista e de apreciadores do esporte é muito concorrido. Com tantas atividades de lazer disponíveis, em meio ao tempo livre, ele escolherá a que lhe trouxer maior prazer. Portanto, vamos nos ater a melhorar nossa performance nas divulgação de nossas competições. Afinal, o maior público do Bolão não está em nossas arenas, mas, sim, longe delas.
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