googled6ec9d6834c8e7b8.html BLOG O BRAÇO DE OURO: FAIR PLAY DE TRANSFERÊNCIAS, UMA REALIDADE DISTANTE DO BOLÃO

TOTAL DE VISUALIZAÇÕES

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

FAIR PLAY DE TRANSFERÊNCIAS, UMA REALIDADE DISTANTE DO BOLÃO

Na semana que antecedeu o Natal, recebemos a informação de que a equipe fermina da Bola 16 da Sociedade Recreativa Ipiranga, de São Leopoldo, Campeã Estadual da categoria em 2019, havia se transferido por inteiro para uma nova casa. A informação foi confirmada posteriormente pelas próprias integrantes do grupo. 
A priori, não existe nada de ilegal neste procedimento. Afinal, transferências são comuns ao final de cada temporada. O que chama a atenção, no entanto, é a movimentação de todo um  elenco vitorioso, para uma outra agremiação imediatamente após ao principal campeonato da categoria. Raras vezes se viu tamanha proporção em uma só transferência, exceto no encerramento da atividade de algum clube, o que não é o caso. 
Sem regras eficazes para controlar transferências, nem isonomia entre clubes, este procedimento acarretará sérias consequências na sobrevivência do esporte na antiga casa, justamente no momento em que debruçávamos nossas esperanças na reversão do principal obstáculo do Bolão: a falta de renovação. 
Em meados de 2011, a expressão "Fair Play" passou a fazer parte do vocabulário esportivo mundial. O conjunto de regras implementado pela UEFA nasceu basicamente com dois objetivos: promover a gestão de clubes de forma responsável e tornar os campeonatos europeus mais competitivos e equilibrados tecnicamente. A expressão ganhou o mundo de lá para cá. 
Enquanto isso, no Brasil, os discursos sobre responsabilidade e igualdade de condições nas disputas locais estão longe de tornarem-se realidade. Apesar da Europa já tratar o tema na versão 2.0, estes conceitos ainda sequer reverberam no esporte das amizades. 
Em qualquer esporte, o equilíbrio técnico é sempre bom para a sustentabilidade de cada clube e de cada Federação. Campeonatos desequilibrados têm grande dificuldade de manter a estrutura, na medida que apenas dois ou três clubes sempre se destacam. O plano correto deveria ser: crescer de forma sustentável, promover a revelação de novos talentos e garantir a manutenção de todas as equipes disputantes. 
Que as meninas obtenham sucesso na nova casa!

Foto: Germana Klein

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro
Fonte: Germana Klein

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.