Mesmo com o intenso calor, atletas se destacaram com performances de tirar o fôlego, jovens promessas se consagraram nas pistas de jogo, união e formação de novos laços de amizades, enfim, aconteceu tudo o que se espera de uma competição desta grandeza.
O sucesso da edição, no entanto, não deve ser tratado apenas como um fato em si, momentâneo e efêmero. Apesar do caráter educativo, deve servir de porta de entrada para ações que consolidem na prática uma mudança de atitude em prol do objetivo central do torneio: a renovação do esporte do Bolão. Não dá para baixar a guarda. Precisa trazer reflexões, avaliações e ações que promovam as melhorias necessárias para que o processo definitivamente avance sem interrupções, daqui por diante, senão vejamos:
1) Segundo dados da FBRGS, tivemos 122 atletas em quadra, distribuídos entre as quatro categorias da seguinte forma:
a) Mirim: 42 atletas (23 no masculino e 19 no feminino);
b) Infantil: 34 atletas (27 no masculino e 7 no feminino);
c) Juvenil: 21 atletas (15 no masculino e 6 no feminino);
d) Juniores: 25 atletas (19 no masculino e 6 no feminino).
Preliminarmente, uma flagrante constatação: a medida que as jovens promessas avançam na idade aumentam também as desistências, justamente nas etapas consideradas essenciais que consolidam a permanência do atleta no esporte. O pior de tudo, é que essas mudanças são mais intensas na categoria feminina. Aqui conta, fundamentalmente, o papel do clube na decisão destes jovens. As meninas são mais suscetíveis a mudanças de interesses e comportamentos a partir da sua juventude. Assim sendo, há que se atuar com estratégias adequadas nesta etapa. Outro fator que merece ser destacado é que muitos desses jovens passam muito tempo aguardando por oportunidades para atuarem nas equipes principais. Oportunidades essas que, muitas vezes, nunca chegam, gerando desmotivação e abandono.
2) 29 clubes manifestaram seu apoio à competição contribuindo de alguma maneira para o sucesso do evento. Alguns com 12, 11, 7, 2 e até mesmo com 1 atleta inscrito, mas todos relevantes. Outros, no entanto, não inscreveram nenhum, mas fizeram questão de fazerem-se presentes e manifestar seu apoio aos demais. Certamente, um dos principais fatores que contribuiu para a falta de adesão geral dos clubes do interior do Estado foram as grandes distâncias entre as localidades e o clube sede. Buscando amenizar este efeito, podemos adiantar que a FBRGS já estuda uma forma de regionalizar a fase preliminar da disputa.
3) A presença maciça de pais e familiares foram fundamentais para o comparecimento e o bom rendimento dos jovens participantes nas canchas. Muitos pais até mesmo serviram de capitães para seus filhos que, além de reforçar os laços familiares, aproveitaram o momento para disseminar sua paixão pelo esporte das amizades junto a eles.
4) A participação de consagrados nomes como capitães foi outra assertiva medida que trouxe motivação e segurança aos atletas, principalmente para aqueles que querem conquistar seu espaço em meio aos jogadores de ponta.
5) Muitos dos jogadores mirins e infantis buscam espelhar-se em seus ídolos adultos. O modo e formas de como seguram a bola, o arremesso, a corrida na cancha, a vibração por um "nove", enfim. São todos "esponjinhas" que absorvem tudo o que ocorre em sua volta. Que sejamos todos sempre exemplos do bem, tanto nas canchas, quanto fora delas.
A garotada fez uma grande festa, sublinhando a importância da participação e engajamento no esporte. Com certeza, essas experiências moldarão o futuro de muitos no esporte do Bolão. Que assim seja!
Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro
Acervo: Blog O Braço de Ouro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.