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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

"POR QUE MUDAR? AQUI SEMPRE FOI ASSIM!"

Um estudioso chega a uma ilha e lá constata que as pessoas desprezam a cabeça e o rabo dos peixes que consomem, mesmo diante da escassez de alimentos. Intrigado, resolveu averiguar a história daquele instituto. Descobriu que, no início do povoamento da ilhota, os peixes eram grandes e abundantes, não cabendo nas frigideiras. Consequentemente, cortavam a cabeça e o rabo. Hoje em dia, mesmo que os peixes sejam menores que as panelas, ainda assim continuam a cortar a cabeça e o rabo. Perguntando a um dos moradores o porquê de assim agirem: "Não sei... mas as coisas sempre foram assim por aqui!". O velho problema da crise de paradigmas, a questão do "novo e do velho" e do papel do senso comum na vida das pessoas. 
Quando alguém vem e os critica, mostra as vantagens do novo e desvantagens do velho, os exércitos do velho entram em cena, pois são muito mais poderosos, especialmente por estarem quase sempre em posição dominante. Assim, o novo não consegue nascer e nem se impor. Talvez o grande problema resida no fato de que o novo não consiga se mostrar. O velho é tão forte que vela as mínimas possibilidades de o novo aparecer através de algumas frestas de sentido. 
O senso comum traz consigo a falácia do mito dado, na qual o sujeito está "assujeitado" à coisa. Não se pergunta sobre o mundo. As coisas são assim mesmo. "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim... Gabriela". A marcha de Dorival Caymmi funciona bem quando o assunto é samba. Mas, no esporte, ser sempre igual não dá certo. Vamos pensar juntos, o mundo está em constante movimento, a cultura das pessoas muda e com ela os hábitos. Se o esporte decide seguir tudo da mesma forma que fazia quando nasceu é uma questão de tempo até que a demanda não o acompanhe mais. 
Costuma-se dizer que quando permanecemos no mesmo lugar, iniciamos um processo de morte. Isso porque o antônimo de morte, a vida, tem tudo a ver com movimento. Desde que nascemos estamos nos movimentando, mudando, crescendo, nos transformando. Nosso corpo, nossa mente, tudo muda. Assim, também, não pode ser diferente com o esporte. Fugir do velho "sempre foi assim" através do questionamento abre as portas para a inovação. E inovação é um dos combustíveis fundamentais do sucesso. (Baseado na crônica de Lênio Luiz Streck)


Edição: Blog O Braço de Ouro

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