O CLAMOR DE UMA GERAÇÃO QUE AMA O ESPORTE DO BOLÃO

Estudos comprovam: a aptidão para um esporte pode ser transmitido pelo código genético para as próximas gerações. Ao longo da história, existem diversos casos de filhos de atletas que tentaram repetir os feitos de seus familiares nas pistas, campos e ginásios. Evidentemente, nem todos tiveram êxito. 

Atualmente, há uma nova leva de jovens trilhando os passos dos pais campeões. No automobilismo, por exemplo, as famílias Schumacher e Barrichello podem voltar a se cruzar em um futuro próximo. Em outros esportes, outros sobrenomes famosos podem reaparecer. Mas, nestes casos, os esportes não correm riscos de serem extintos e as expectativas podem se confirmar. No entanto, no esporte do Bolão as coisas não rodam bem assim.

Esta família de bolonistas de Cerro Branco, na região central do Rio Grande do Sul, vê o futuro do esporte com muita preocupação. O Bisavô Osvaldo foi um dos bolonistas mais destacados da região. O Avô Alcido, se transformou num dos maiores incentivadores da prática do Bolão no município e que passou o gosto para seu filho, Arcênio, que por sua vez, passou a mesma paixão para o neto, André. Já o André não sabe se o Vicente, a quinta geração da família Skolaude, poderá seguir o mesmo caminho. Talvez terá de ensinar o interesse pela prática esportiva nas canchas vizinhas de Paraíso do Sul ou Candelária, onde a tradição germânica continua e continuará viva.  

O município de Cerro Branco, que já abrigou vários Grupos de Bolão Masculinos, Femininos e de Casais, não consegue manter a tradição do Bolão ativa e o esporte vem perdendo, gradualmente, espaço em seus domínios. Quem sabe, as novas gerações como a do André, possam redirecionar esta trajetória em um roteiro de pujança.

Da esquerda para a direita: Bisavô Osvaldo, Avô Alcido, Pai Arcênio, Filho André (Foto: André Tiago Skolaude)

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

Fonte: André Tiago Skolaude