Saibam que nestes três meses que convivemos na área de oncologia de quatro hospitais da região, nos deparamos com um dos mais tristes sentimentos que afligem doentes terminais de câncer: a falta de esperança. O quadro só piora quando adentra-se na área destinada aos idosos que, além da desesperança e do sofrimento causado pela terrível terapia, sabem que não voltarão mais para casa estando definitivamente privados da sua vida em família e dos amigos. As vezes, até, abandonados à própria sorte. Nestas circunstâncias não só o corpo físico padece, mas também a alma.
O Bolão é um velho senhor cansado. Sofre com reveses e convive constantemente com ceticismos e desconfianças. Tem sido criticado, julgado e até desacreditado, mas está longe de ser um moribundo e com prazo de validade definido. Carece de procedimentos terapêuticos sim, mas nada que requeira tratamentos agressivos, senão apenas de correções de rumo.
Não é possível que dentre 4 mil afiliados à Federação não se encontrem pessoas desejosas de dar um rumo novo ao esporte que reúne tantos amigos. Falta-nos disposição? Falta-nos união? Falta-nos esperança? A falta de esperança é um veneno que pouco a pouco destrói nossas motivações e energias e nos mina com o sentimento de perda de significado.
O fato é que o Bolão não tem mais tempo para esperar. O momento para mudanças e melhorias é agora. Não podemos nos render às frustrações, medos, revanchismos, diferenças e indiferenças. Precisamos encontrar dentro de nós a esperança, essa chama que nos impulsiona a acreditar em dias melhores, que nos move na corrida pela realização de nossos sonhos, mesmo quando novos desafios se impõem à nossa frente. Ter fé no bom e no que se pode fazer para melhorar o mundo, esta é a luz que cura os doentes.
Reprodução Internet
Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro
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