CRÔNICA DO BOLÃO: DO ANALÓGICO AO DIGITAL

Há muito, o Bolão segue de forma sistemática tentando atrair novos talentos para a prática esportiva. Escolinhas de Bolão, trabalhos compartilhados, parcerias com órgãos públicos, entre outros projetos, todos válidos, mas, essas inciativas são suficientes? Será que estamos utilizando os caminhos e linguagem corretos para nos comunicarmos com essa nova geração que nos cerca? Será que estes expedientes estão sintonizados com os seus complexos interesses?
Com tudo o que vimos e vivenciamos nestes três anos de atividades do Blog, posso assegurar que dificilmente isso acontece. Para começar, essa geração está alicerçada na tecnologia, na chamada era Digital. Em geral, os clubes e demais entidades que praticam o Bolão, seguem assentados sob o manto da tradição, ou por analogia, com perdão à redundância, sob a égide Analógica. Estar no Google, Facebook, Instagram ou Youtube e seguir as redes sociais, não significa que a entidade esteja, de fato, navegando na era digital.
Exite uma pesquisa recente que diz que 70º dos brasileiros já possuem acesso à internet e que 65º das pessoas utilizam as redes sociais através do celular. Quando as pessoas passam mais de nove horas por dia navegando na internet, é como se um mundo, diferente do físico que vivemos, se formasse. É justamente neste mundo que o Bolão precisa interagir. Ai se desenvolvem comportamentos, necessidades, interesses e consumos. Esse é o ambiente que está impactando e transformando a vida das pessoas, as suas ações, objetivos, valores e seus relacionamentos. 
Mas, para realizar as tais chamadas transformações e captar novos adeptos é preciso conhecer e entender a linguagem que por lá se utiliza. De nada adianta atuar como um coadjuvante nesta situação, apenas observando e esperando para ver o que acontece. É preciso ser proativo no sentido de interagir de forma inteligente com os tão preconizados e cobiçados futuros bolonistas. 
Então, como se conectar com a geração digital? Isso é assunto para a próxima crônica! Até lá, saiba que os especialistas dizem que há três tipos de entidades neste novo cenário: aquelas que entendem o que está acontecendo a sua volta, aquelas que resistem ao que está acontecendo e aquelas que sequer sabem o que está acontecendo. Em qual delas você se insere? 

Por José Carlos Werle (Baseado na crônica do Consultor Samuel Felício - Transição de Mentalidade - Como Ir do Analógico para o Digital).

Foto: Reprodução Internet

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro