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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

CRÔNICA DO BOLÃO - A DIFÍCIL TAREFA DE RENOVAÇÃO DO BOLÃO

Quem de nós, os mais antigos, não se lembra das brincadeiras de infância? Pega-pega, pula corda, esconde-esconde, amarelinha, jogo de taco, futebol de rua, entre outros. Pois saibam que essas brincadeiras estimulavam nos jovens o gosto pela prática esportiva, o gasto de energia, o convívio físico e as amizades. Aquele jogo de bola no fim de tarde, depois da lição de casa, que fazia-nos assumir o papel de protagonistas nos campinhos de várzea, ou mesmo de rua, ao nos compararmos com os craques da época. As aulas de Educação Física nas escolas que, de certa forma, faziam que os nossos sonhos de sucesso ganhassem forma e mantinham a nossa condição física e mental sempre ativas. A todo o momento, alimentávamos um desejo de estarmos sempre presentes fisicamente com os nossos amigos. 
Ao tentarmos entender as razões da grande dificuldade de renovação do Esporte do Bolão, nos deparamos com uma realidade que parece ser muito mais perturbadora que o simples fato em si. O jovem contemporâneo, em geral, não se interessa mais pelas brincadeiras, muito menos pelo Bolão, ou por qualquer outra atividade esportiva, ou ainda mais inquietante, em praticar qualquer atividade física! 
O IBGE vem revelando os resultados do suplemento Práticas de Esporte e Atividade Física, da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio - PNAD 2015, realizado em parceria com o Ministério do Esporte, que revelou que mais da metade da população acima de 15 anos do país nunca praticou esportes. A pesquisa mostrou ainda que 57,3% dos adolescente de 15 a 17 anos, informaram que o principal motivo para não se exercitarem foi de não gostarem ou não quererem. Os dados, além de reveladores, são preocupantes e voltaremos a retratá-los nesta coluna. 
Agora, o que queremos saber é o que está acontecendo com os nossos jovens? Algumas explicações dadas por especialistas indicam a fascinação por jogos eletrônicos como uma das principais razões pelo desinteresse. As redes sociais e mesmo a navegação na internet, ou em frente à TV, ou em computadores, tem mantido os nossos jovens em isolamento social, o que traz outras consequências associadas ao problema: o risco de desenvolver excesso de peso, doenças cardiovasculares, desequilíbrios metabólicos, entre outras anormalidades. Outra justificativa é o medo da violência urbana, que intimida o jovem a buscar o convívio físico social. 
O certo é que o jovem mudou seus hábitos e os seus interesses. Tudo se tornou mais prático fazendo à domicílio: conversar com amigos, estudar, ver os esportes preferidos pela TV, e até namorar, sem precisar se movimentar. A era digital aliada à violência urbana está imobilizando a população. O jovem pode até jogar futebol, basquete, vôlei, tênis no quintal da sua casa, mas Bolão não é possível. Há que se mover para praticá-lo o que, pelo visto, está fora da sua relevância.

Reprodução Internet
Adaptação: Blog O Braço de Ouro

Fonte: Revista Exame, ed. 17 de maio de 2017.
Fonte: Rodrigo Scialfa Falcão: Psicologia, Esporte e Afinidades.

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