O Brasil é um país espantoso, porém, intrincado por natureza. Atrasado nos mais diversos fatores e questões, como na política, na saúde, na educação, no esporte, dentre outros incontáveis problemas que a população é obrigada a conviver diariamente, sem muita perspectiva de melhora.
O futebol é e sempre será, uma paixão nacional, tanto para homens, quanto para mulheres. Esta que talvez seja a principal característica do país perante o mundo afora, ao lado do samba e carnaval, é claro. Se a prática do futebol já é cheia de obstáculos, o que se dirá quanto aos demais esportes que geralmente contam com um histórico e enraizado preconceito, especialmente, naqueles que são praticados na sua forma mais genuína, ou seja, o esporte raiz. Parece que, se não for futebol, as pessoas não possuem o mesmo "direito" em amar e viver outros esportes.
Às vésperas de mais um Campeonato Estadual de Bolão das Categorias de Base, o que podemos esperar e prometer aos nossos novos e jovens talentos? Com uma história centenária, repleta de muitas conquistas, dá para imaginar que o Brasil possa ser uma grande potência na modalidade? Dá para garantir que os jovens que gostarem de fato do Bolão e escolherem seguir na prática esportiva, receberão o devido incentivo e respeito? No momento, o que só podemos garantir é que será um caminho repleto de incertezas e dificuldades. Que precisarão contar e muito, em primeiro plano, da ajuda de seus familiares para que o Bolão faça parte de seus planos futuros.
O Bolão sofre muito com a falta de incentivo e investimento. Em geral, carece de patrocínio, logística, de suporte financeiro e conta, em muitos casos, apenas com simples ajudas de custos. Sendo realista, eles terão que se esforçar muito para conseguirem jogar Bolão, e olha que estamos falando de clubes que disputam as Séries Ouro da modalidade. Conseguir pavimentar um caminho no esporte não será nada fácil e terá que conter muito esforço e dedicação.
Lembram da música de Samuel Rosa? "Uma partida de futebol ... Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?" Seja menino ou menina, muitos jovens brasileiros já sonharam um dia em se tornar um jogador de futebol. Uma nova "Marta" e um novo "Pelé". Será que esta máxima também poderia ser aplicada ao Bolão? Talvez seja um mero exagero da nossa parte. No entanto, esperamos apenas que a eles seja aplicada justiça e respeito por sua escolha. Que não precisem se preocupar com que bola irão jogar, se terão uniforme para vestir e um time que os aceite, se poderão treinar livremente, quem irá levá-los aos jogos, e muito menos terem que lutar contra arbitrariedades e preconceitos. Isso já é um bom começo!
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