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segunda-feira, 6 de abril de 2020

CRÔNICA DO BOLÃO: O ESPORTE EM TEMPOS DE CORONAVIRUS

Você, assim como muitos, já deve ter perdido a paciência neste período de recolhimento social e quarentena pelo contágio do coronavirus, com o vazio esportivo geral. Quando a última luz se apagou, em meados de março, acabamos todos ficando sem um mundo que parecia inesgotável, perpétuo e inabalável. O sentimento é que penetramos numa espessa penumbra.
Sempre confiamos que o nosso lazer esportivo estaria assegurado e que bastaria apenas ligar a tv, ir ao estádio ou ao clube, academia, parques, jogar uma pelada ou Bolão, assistir aos comentários, resenhas, entrevistas, reprises, zoar quando possível, esbravejar por jornadas mal sucedidas, pincelar outros esportes, enfim, tudo sempre disponível, à qualquer momento, sem limites, 24 horas por dia, 365 dias por ano. E de um momento para outro, tudo se apaga e nos deparamos com algo sem precedentes: o que fazer com o bem mais precioso do ser humano: o tempo.
Até há pouco, faltava-nos espaço no tempo para praticar esportes e exercícios sem nenhum peso na consciência, porque os nossos dias já contemplavam uma agenda esportiva virtual extensa e suficientemente eclética para nos manter indefinidamente ocupados. Há algumas semanas, a oferta de espetáculos esportivos na televisão era de tal magnitude, que se alguém resolvesse assistir morreria de inanição antes de ver tudo.
Ai veio o apagão, na dimensão de um cataclismo, que abalou em cheio a nossa liberdade e nos deixou órfãos, além de impactar profundamente a nossa maneira de viver. Para piorar ainda mais a situação, trata-se de algo irremediável e que poderá afetar, definitivamente, o modo como estávamos encarando o mundo esportivo até agora. Enquanto isso, reprises não resolvem nossas necessidades, já que não estamos acostumados a dedicar muito tempo ao nosso passado, porque já estivemos lá. O que de fato se quer é salvaguardar o presente.
Por fim, nada de entrar em pânico! A nossa sociedade têm uma grande capacidade de se adaptar a situações adversas. Talvez seja o momento ideal para uma profunda e sincera reflexão de como estamos lidando com algo que agora parece ter adquirido valor e se tornado inestimável para nós: o nosso tempo. Neste momento, a duro custo, aprendemos que crises globais podem impactar drasticamente a maneira como conduzimos as nossas vidas. Ao consumirmos virtualmente qualquer atividade esportiva, estamos alimentando uma indústria que também revelou-se ser falha e sujeita à fraquezas. Que isso nos sirva de grande lição, já que observar não é o mesmo que viver o esporte. Hora de voltarmos às origens e darmos mais valor à pratica esportiva, que restritamente ao seu consumo. Uma única certeza: o mundo como um todo não será mais o mesmo depois que está crise sanitária acabar. (Baseado na Crônica de Diego Torres e Alejandro Ciriza do Jornal El Paiz)

Foto: Reprodução da Internet

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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