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terça-feira, 16 de julho de 2019

NOTÍCIAS DO BOLÃO - UMA SITUAÇÃO REAL, INDIGESTA E PREOCUPANTE

Neste domingo, 14 de julho, o esporte gaúcho foi abalado pela morte do atleta Pablo Yago Radaeli, de apenas 22 anos, atleta da equipe de Futsal de Passo Fundo. O ônibus que levava a equipe de volta para Passo Fundo, depois de uma partida na cidade de Uruguaiana, envolveu-se num acidente em Itaqui, onde o atleta hamburguense, integrante do elenco, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. 
Também no domingo (14), o transporte que conduzia a equipe feminina da Associação Juvenil da Linha Temerária, de Nova Petrópolis, sofreu um atraso para o início das disputas da quarta rodada da Chave 1, pelos Regionais Femininos de 2019, realizada na Sociedade Recreativa Ipiranga, de São Leopoldo. O fato é que, segundo informações recebidas das próprias atletas, a Van que transportava a equipe não havia tomado as devidas precauções durante o trajeto e acabou passando por uma depressão acentuada, que fez com que parte das atletas fossem projetadas para cima e batessem a cabeça no teto do veículo. Tudo parecia ter sido, apenas, um grande susto. No entanto, a atleta Aline Fenner sofreu uma forte pancada na parte direita da cabeça. Segundo relato dela mesma, ela jogou a sua série enjoada, com tonturas e com o braço dormente.  Após o jogo, ao chegar de volta à Nova Petrópolis, ela seguiu direto para o Hospital da cidade, onde foi constatada uma grande variação da sua pressão. Ela continua realizando exames e está sob tratamento médico (depoimento autorizado para publicação).
A lógica do transporte coletivo no Brasil é de que o deslocamento do indivíduo é uma mercadoria que deve trazer lucros e esse serviço nunca foi visto como um direito da população. Sucede que motoristas submetidos à cargas horárias inimagináveis e, por vezes, desacompanhados na direção (um único motorista para longas distâncias), a precariedade das estradas brasileiras que estão sob gestão do poder público e a pressão constante por redução de custos nas empresas gestoras do transporte coletivo, são elementos que fornecem o combustível necessário para produzir fontes de tragédias. 
Com o descaso das principais entidades que deveriam resguardar os direitos do cidadão, são os contratadores dos serviços que devem impor e evitar a todo custo qualquer possibilidade de negligenciamento no transporte de pessoas. A lei é clara, a concessionária de transporte deverá garantir que o passageiro receba o serviço de forma adequada, que atenda as condições de regularidade, generalidade, continuidade, eficiência e segurança de seus usuários. Cabe a nós exigirmos os nossos direitos! 

 Ônibus que conduzia o atleta Pablo Yago Radaeli e a Delegação de Passo Fundo
Foto: Eduardo Belmonte/Rádio Cultura

Aline Fenner no jogo do último domingo

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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