O que me deixa muitas vezes acordado à noite e pensando é como alcançar uma audiência mais jovem e que ferramentas utilizar para ser relevante para os mais novos. Ninguém na mídia, Confederação, Federação, ou dirigente do Bolão pode dormir tranquilo com uma indagação desta natureza.
Antes de seguir, porém, vale definir o que são as Gerações Z e Alpha, que comandam todo o "consumo" esportivo na atualidade. A Geração "Z" abrange todos os nascidos entre 1997 e 2012. Já a Geração "Alpha" compreende os nascidos entre 2013 e 2025. O fundamental para ambas as respostas é que, se queremos que as novas gerações nos ouçam, o importante é darmos ouvidos a elas.
O que acontece no Bolão e em quase todas as organizações esportivas, assim como de outros setores, sempre são os mais velhos que pensam, discutem e tomam todas as decisões entre si. Poucas são as entidades que têm coragem de montar conselhos que aproveitam jovens colaboradores, para auxiliar os executivos em determinadas situações, dando uma outra visão de rumo. Pablo Picasso, certa vez falou: "Só existe uma maneira de ver as coisas até que alguém nos mostre como olhar para elas com outros olhos."
Ao longo do texto tento deixar claro que olhar com cuidado para as novas gerações não é uma alternativa, é vital. Por maior que seja o Bolão, ouso dizer que o esporte da bola de madeira não tem sua perenidade assegurada, pelo menos não com a relevância atual, se não se preocupar em renovar seu público.
Imersos em smartphones, tablets e afins, o afastamento dos jovens do esporte parece ser cada vez mais o caminho natural para s Gerações de hoje. Não podemos nos iludir com a visão de que estamos resgatando o esporte das amizades do claustro esportivo imposto pelo desleixo de alguns gestores no passado. Pesquisas mostram que as Gerações Z e Alpha praticam esportes, não apenas pelo físico, mas como forma de diversão e bem-estar. Para essa juventude hiperestimulada, o esporte é uma válvula de escape. Contudo, uma de suas principais características é que elas não se prendem a nada. Bastam as primeiras frustrações e "pularão da barca" seguindo caminhos diversos. A Geração "Z", principalmente, não aceita mais ser coadjuvante no esporte, ela quer participar. Basta que capitães podem seus anseios, com é muito comum no Bolão, eles buscarão por outra opção.
Portanto, que tal refletirmos sobre o impacto do Bolão no futuro de uma geração digital? Uma mudança nada simples e que se processa em ritmo cada vez mais acelerado.
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