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sábado, 12 de novembro de 2022

A GERAÇÃO NUTELLA E O BOLÃO

Segundo dizem, o mundo jovem mudou quando o Mertiolate parou de arder. As crianças de hoje não sabem como era se machucar numa brincadeira no passado e ouvir a mãe dizer: "vamos passar Mertiolate!". Era choro para todo o lado. O Mertiolate ardia muito e, por isso, muitas vezes, as crianças deixavam de fazer travessuras pensando no tal Mertiolate. Ah, e tinha também o Mercúrio Cromo que deixava sua marca colorida na pele, mas que gerava uma certa desconfiança de curar menos, porque não ardia. 
O Mertiolate produzia uma função pedagógica e psicológica nas crianças da época. O ardor dava a impressão de que os micróbios estavam sendo mortos. O remédio também mantinha um grande apelo maternal, porque a única coisa que fazia amenizar o sofrimento da dor era o sopro suave da mãe na ferida. 
Crescer, envelhecer, esse é o ritmo progressivo da vida. Enquanto ela acontece, o mundo segue se transformando e com ele as pessoas também. Com o grande desenvolvimento da tecnologia e informação, essas transformações tem sido cada vez mais rápidas. Redes Sociais, Smartphones e outras tecnologias podem ser importantes ferramentas inovadoras, mas também estranhas para muitos de nossa geração, mas que fazem parte da vida dos jovens de hoje. Para que não lembra, em nossas origens estávamos acostumados à sair para brincar na rua, vivíamos ralados e machucados, apanhávamos dos pais, zoávamos os amigos e era por eles zoado, vivíamos na casa dos amigos, enchíamos nossas maletas de figurinhas, tampinhas e, vez por outra, alguém rodava com uma revista Playboy na mala. 
Dessas comparações entre gerações surgiu o termo "geração Nutella". O termo designa uma massa de pessoas que nasceram durante os anos de 2010, coincidentemente com a ascensão da marca famosa de creme de avelã. Ela define uma nova geração de pessoas que vive num mundo "glamoroso" e sensível, representado por um comportamento completamente distinto do passado. São adeptas ao politicamente correto, cultuam o desrespeito aos mais velhos e o antigo, sofrem constantemente de depressão por bullying, não saem do quarto nem para ir ao banheiro e se correrem um quarteirão, enfartam. 
Como, então, atrair esses jovens que vivem em um mundo cada vez mais celerado, tecnológico e indiferente para muitas coisas que nós, os mais antigos, com uma vivência e costumes mais compassados, valorizamos? Como compatibilizar nosso jeito tradicional de fazer e ver as coisas no esporte, sem que sejamos rotulados de provocadores e ofensivos junto aos mais novos? O desafio está posto e precisamos encontrar um modo de conviver em sociedade para o bem do nosso esporte. A propósito, para quem não sabe, o Mertiolate não arde mais!


Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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