1) A Assembleia Eletiva da CBBB, realizada nesta quinta-feira (21), no Clube Independente de Porto Alegre, foi marcada por discussões acaloradas que chegaram a travar a pauta em determinados momentos. A discussão maior deveu-se em decorrência da apresentação de duas procurações (uma pela situação e outra pela oposição) concedidas pela Federação Matogrossense de Bocha, parte integrante do colégio eleitoral. Em meio à discussão houve até quem propusesse a suspensão dos trabalhos e posterior retomada em 60 dias, o que foi rejeitado pela maioria. A mesa, após longa análise da validade ou não dos documentos, acabou por impugnar o voto da Federação Matogrossense.
Ambiental da Assembleia (Foto: FBRGS)
2) A impugnação do voto acabou frustrando as intenções de ambas as Chapas (CBBB Democrática e Popular e União e Renovação). As duas lideranças concorrentes deixaram claro que, em caso de resultado desfavorável, o pleito seria judicializado. Assim, o candidato derrotado pela Chapa da situação, Sr. Davi Lima de Oliveira, manifestou-se neste sentido, após a divulgação do resultado.
3) Antes do início do sufrágio, cada candidato teve direito à cinco minutos para uma última manifestação. O candidato Davi Lima de Oliveira focou seu discurso no momento delicado vivido pelo esporte em geral, decorrente do avanço da tecnologia, da mudança da sociedade e da monopolização empresarial. A solução, segundo ele, está na profissionalização do esporte. Para tanto, propõe um estudo e uma reflexão para que se possa entender melhor a situação e encontrar novos caminhos para a sobrevivência do esporte. Também, segundo ele, o Bolão e a Bocha são duas escolas distintas e será inevitável a separação de ambas. Entretanto, propõe que ambas ajudem-se mutuamente, uma vez que o mundo não tem mais espaço para o esporte amador. Já Luis Carlos Leite, da oposição, não concorda que o Bolão e a Bocha se separem. Vai buscar por todos os meios apoio para o desenvolvimento das modalidades da Bocha, fundamentado na transparência, respeito aos atletas e diálogo. É favorável a alternância do poder, bem como que as Federações Estaduais tenham poder de comando na Confederação, assim como os clubes diante das Federações.
4) Dez Federações compõem o colégio eleitoral. Confira os votos de cada entidade, cujo resultado elegeu a Chapa 2 para o quadriênio 2021/2024, por 6x5: Federação Brasiliense de Bocha (Chapa 1 - situação); Federação Catarinense de Bocha e Bolão com direito à dois votos (Chapa 1 e Chapa 1 - situação); Federação Matogrossense de Bocha (Impugnado); Federação Bochófila Mineira (Chapa 1 - situação); Federação de Bocha do Paraná (Chapa 1 - situação); Federação Paranaense de Bolão (Chapa 2 - oposição); Federação Paulista de Bocha e Bolão com direito à dois votos (Chapa 2 e Chapa 2 - oposição); Federação do Estado do Rio de Janeiro (Chapa 2 - oposição); Federação de Bolão do Rio Grande do Sul (Chapa 2 - oposição) e Federação Gaúcha de Bocha (Chapa 2 - oposição).
5) Importante ressaltar que uma parcela dos votos foram proferidos por representantes legais das Federações Estaduais, nomeados através de procuração pública. Entre eles destacamos: Luciano Zamma, representante da Federação de Bolão do Estado do Rio de Janeiro e Elton Mielke, representando a Federação Paulista de Bocha e Bolão.
Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro
Fonte: FBRGS
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