No último final de semana, onde o Bolão de Base passou por um novo momento de glória, o público que se fez presente à Sociedade Aliança, de Picada Café, ou assistiu pelas redes sociais, viu apenas fragmentos de histórias de vidas ainda não tão longas de dedicação, preparo, obstáculos transpostos, emoção, frustração, alegria e vitória no esporte.
Só que o que está por trás do suor no rosto, das dores e do sentimento de pertencer a algo é o que de mais inspirador há na trajetória destes atletas. Quem olha de fora não consegue perceber o quão difícil é ser um jogador, mesmo que do Bolão. Momentos antes do jogo, a primeira sensação é de um pequeno desespero. Natural é claro! Mas, sem nenhum aviso prévio, os sintomas se transformam em angústia, passando por corridas ao toalete, nervosismo, até chegada hora de entrar na cancha.
A partir deste momento, são muitas as emoções que cercam um atleta: felicidade, orgulho, sentimento de superação, tristeza e frustração com uma bola errada, uma "banda", alegria por um "nove", por mais "noves". Cada passo na cancha deixa sua marca emocional que jamais será esquecida. Meu primeiro jogo oficial no Bolão, será que tenho chances de ganhar um pódio? Será que as portas agora se abrirão pra mim?
Na verdade, temos que admitir que, para alguns que estiveram em quadra, a conclusão chegada é de que o Bolão passa longe de uma vida de sonhos que acham que teriam agora. Se não forem persistentes em meio aos obstáculos, driblando as dificuldades, suas carreiras no esporte não terão nem um começo.
Para outros, a experiência trouxe algo transformador. Coabitar com outros personagens do esporte só trouxe benefícios: fazem-nos sentirem-se melhor, ressignificarem suas ideias de limites, ter "tesão" em enfrentar um mundo cada vez mais competitivo, identificarem-se com algo bom e aprazível.
Na vida do esporte da bola de madeira, percalços acontecem. O Bolão só pede que não desistamos. Relatos bíblicos são preciosos em narrar o testemunho de personagens que insistiram apesar das circunstâncias. Ao vê-los, os fracos se revigoram, os desanimados se entusiasmam, os caídos se levantam. A Bíblia avisa que desistir por mero comodismo é atributo dos tímidos e fracos.
Portanto, ano que vem tem mais! É a tal da "persistência" que dá sentido à vida.
Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro
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