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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

NOTÍCIAS DO BOLÃO - CAMBARÁ DO SUL

O ano de 2017 foi muito promissor para o Bolão Gaúcho. Desde a etapa dos Regionais classificatórios e os Campeonatos Estaduais, passando pelas competições nacionais, torneios e amistosos, o esporte do Bolão fecha o ano de 2017 renovado e fortalecido. 
No entanto, o cenário em algumas regiões do Estado ainda é muito difícil, com situações de descaso completo ou quase beirando a indigência. Nas visitas que o Blog vem realizando junto aos Clubes que ainda mantém o Departamento de Bolão, mas não participam do calendário oficial da Federação de Bolão do Rio Grande do Sul, encontramos situações como esta da Sociedade Recreativa XV de Março, da cidade de Cambará do Sul.
Na visita, fomos recebidos pelo ecônomo do Clube que se identificou como Sr. "Lili", mas não quis nos revelar o seu nome de batismo. Nas informações que nos foram passadas, o Departamento de Bolão da Sociedade se mantém como desde o início das atividades do Departamento, mas desativado já fazem vários anos. Em seus tempos áureos, o Bolão chegou a manter vários grupos masculinos que se revesavam nas noites de treinos e chegou, até mesmo, a ensaiar a criação de um grupo de casais. Contudo, desde o fechamento da principal fonte de recursos do município, a Companhia de Celulose Cambará, além do impacto negativo na economia, o município, como consequência, também perdeu parte de sua população.
Mas, a nossa impressão é de que a situação econômica da cidade é totalmente antagônica a do Clube. Apesar dos problemas decorrentes do fechamento da fábrica e da falta de opções de emprego, o município prospera com o turismo. Agora, é evidente e inexplicável a situação de penúria em que o Clube se encontra.  A principal porta de acesso fica permanentemente fechada, a não ser em dias de eventos. Vidros de algumas janelas quebrados e falta de manutenção da infraestrutura são percebidos à distância. Pedimos autorização ao Sr. Lili para colhermos algumas fotos do Bolão, mas a nossa entrada sequer foi permitida no Clube. Ele nos informou que o Bolão virou um depósito de tralhas e está inacessível. Ao ser questionado sobre a situação e da intenção de retomada das atividades do Bolão, nos foi informado que a atual direção, há sete anos no poder, não tem pretensões neste sentido. Haveria a necessidade da instalação de armadores eletrônicos, já que o sistema atual é ainda manual. Até existe a possibilidade de utilização dos equipamentos das antigas canchas mantidas pela fábrica de Celulose, em Ouro Verde, bairro do município, cujo equipamento foi removido e virou uma fábrica de calçados, mas não se sabe de seu estado. 
Ao final da conversa, nos foi confidenciado que o destino do espaço do Bolão, por estar localizado bem em frente à rua central da cidade, poderá ser mesmo o da transformação para salas comerciais. 
Na verdade, como não encontramos o Presidente, o Sr. Klippel, conversamos com moradores e vizinhos do Clube e a informação que nos foi revelada da conta de que existe um litígio jurídico antigo entre o Sr. Lili, há mais de vinte anos no economato, e a Sociedade por disputas por direitos econômicos. Além disso, com vários sócios remidos e a ausência de sócios pagantes, o Clube não recebe mais mensalidades e vive apenas com as parcas receitas dos eventos festivos. 
Sempre fazemos referências à falta de interesse dos jovens pelo esvaziamento do esporte do Bolão. No entanto, com exemplos como este, vê-se que uma das principais razões da situação de desconforto vivido pelo esporte e por vários Clubes do Estado, passa diretamente por problemas de gestão omissas dos próprios Clubes. 
Nesta caso específico, o Bolão poderia se manter perfeitamente como opção aos turistas que visitam a cidade. Como não há alternativas turísticas à noite e em dias de chuva, com um pequeno investimento, bastavam apenas a formalização de algumas parcerias com as Pousadas da cidade e o município disponibilizaria mais um espaço lúdico à comunidade e aos seus visitantes.
Retomaremos este tema, em outra oportunidade. 


Sociedade Recreativa XV de Março de Cambará do Sul/RS
O Departamento de Bolão se localiza no térreo do prédio.

Sociedade Recreativa XV de Março de Cambará do Sul/RS

5 comentários:

  1. Essa questão das sociedades com muitos sócios remidos em quadros sociais pequenos é uma realidade muito presente em vários clubes do estado.

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    1. Você tem razão, Germano! Infelizmente, com as dificuldades enfrentadas pelos Clubes na renovação de seus quadros sociais, se não encontrarem alternativas na geração de receitas, tememos até mesmo, pela sobrevivência dos mesmos. Abração!

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    2. Outra questão interessante: tempos atrás visitei o Clube São José, na cidade de Pirapó. O bolão estava abandonado, havia uns 6 anos que não se jogava. Uma das razões era que, como não contam com armadores automáticos, sempre pagavam algum guri para arrumar os pinos (aqui chamavam de "armador", no Paraná ouvi a expressão "paliteiro"), mas que foram proibidos de utilizar menores de idade para a função.

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  2. Eduardo Antunes de Aguiar27 de dezembro de 2017 às 18:46

    Quem conheceu a Sociedade Recreativa 15 de Março nos seus bons tempos como eu conheci, sente uma imensa tristeza ao vê-la hoje em total desleixo e abandono. E o que é pior, sem expectativa nenhuma de melhorias.

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    1. Olá, Eduardo! Agradecemos seu comentário! De fato, também conhecemos o Clube de longa data. Inclusive, já tivemos a oportunidade de jogar em suas canchas. Ao levantar as informações para a postagem, foi muito triste constatar a decadência e a sua atual situação de penúria. No entanto, percebemos que pode haver uma possibilidade de mudanças, em breve. Vamos continuar monitorando e atualizando os nossos leitores. Continue nos prestigiando! Um grande abraço!

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