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terça-feira, 12 de outubro de 2021

O QUE A "FADINHA" RAYSSA TEM A ENSINAR PARA O ESPORTE DO BOLÃO

Quem não se encantou com a atleta Rayssa Leal, a "Fadinha", na disputa do Skate Street nas Olimpíadas de 2020 de Tóquio? Natural de Imperatriz no Maranhão, a adolescente de apenas 13 anos ganhou a medalha de prata no Skate Street Feminino, algo impensável para a realidade de nós brasileiros para alguém tão jovem. A grande maioria dos brasileiros sequer conhecia a modalidade, muito menos de que se tratava de um esporte olímpico. Isto somente aconteceu porque o Skate Street foi incluído este ano nas Olimpíadas e deslumbrou o mundo. Primeiro, por revelar-se um esporte acessível à todos, sem limite de idade e podendo ser praticado em família. Segundo, estabelecendo que a diversão e a amizade sempre vem primeiro e a competição depois, exatamente as mesmas prerrogativas que caracterizam o esporte das Amizades. Então, guardadas as devidas proporções e diferenças, o que faz com que o Skate ganhe um espaço cada vez maior, enquanto o Bolão se aprofunda no anonimato? O que o sucesso da "Fadinha" pode ensinar para o esporte do Bolão? 
Historicamente se diz que a falta investimento governamental é a resposta à penúria esportiva que o país vive. Será mesmo? Na última Olimpíada, 80% dos competidores brasileiros em Tóquio eram financiados com dinheiro público, especificamente pelo Programa Bolsa Atleta. O fato é que o dinheiro existe, o que se discute é que talvez seja insuficiente para todas as necessidades do esporte brasileiro.
No verdade, ambos os esportes são incomparáveis. Até guardam muitas semelhanças, mas importantes diferenças, também. O skate é um esporte praticado ao ar livre, já o jogo de Bolão é seletivo (de salão). Muitos praticantes do Skate vivem nas periferias das cidades e, às vezes, são até marginalizados. O bolonista faz parte de uma classe que convive essencialmente em clubes sociais, mais exclusivista, portanto. Sendo assim, aparentemente, não há como "levar" o Bolão às ruas. Só que os jovens campeões que todos os esportes cobiçam estão lá na periferia e não nos clubes sociais. O pior de tudo é que a configuração que rege a maioria dos clubes brasileiros a mais de 100 anos, jamais dará espaço e oportunidades esportivas a estes jovens. 
O certo é que nossa "Fadinha Skatista" abriu um novo olhar em favor do esporte brasileiro. Ela e o Skate estão nos ensinando uma lição primorosa e que poucos se deram conta. O Skate é um dos únicos esportes no Brasil que vem promovendo a chamada "Inclusão Social", trazendo não somente jovens adolescentes para o convívio social, cultural e de lazer, e dando a eles mais que oportunidades esportivas e títulos olímpicos, está tirando-os do mundo da violência e das drogas. 
Quem sabe o Bolão se inspire neste exemplo e crie suas próprias "Fadinhas Bolonistas". Pensem nisso! (Por José Carlos Werle)


Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro

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