CRÔNICA DO BOLÃO: O RESGATE DA AUTOESTIMA

Desde antigamente, as mulheres costumam retirar blocos de sal ao largo das margens do Mar Morto, para alimentar o fogo. Poucos sabem que o sal, ao ser adicionado à chama, possibilita que ela permaneça acesa por dias. Ao mesmo tempo, o sal que utilizamos como tempero em nossa alimentação, jamais perde o sabor, mas pode tornar-se insosso se mal armazenado ou negligenciado. 
Estranhamente, nossos sentimentos e atenções se comportam da mesma maneira que algumas das principais propriedades do mineral mais abundante da terra. Quando estamos motivados e entusiasmados com nossas vidas, adicionamos sal às chamas que nos fazem bem, para que a luz e o fogo nunca se apaguem. Mas, a medida que as ações começam a fazer parte da rotina e do cotidiano, passamos a negligenciar todos os nossos esforços, que acabam por tornarem-se insossos e insípidos. Neste caso, assim como o sal, já não servem para mais nada que não seja o chão onde todos pisarão sobre ele. 
Verdade que tudo isso é parte da natureza humana. Somos todos suscetíveis aos estímulos que nem sempre são motivadores. Contudo, o que fazemos quando nós, ou alguém de nós, encontra-se enfermo? Nos recolhemos em retiro e concentramos todos os nossos esforços no restabelecimento do equilíbrio de quem estimamos, não importando o tempo que demande, determinados em reascender a chama para que retome a sua antiga e brilhante resplandecência, não é verdade? 
Com tantos reveses neste início de 2020 envolvendo o esporte do Bolão, não podemos, neste momento, negligenciar tudo o que já foi feito para restabelecer a autoestima de nossos bolonistas. Adversidades também fazem parte do cotidiano e podem até desmotivar, mas jamais imobilizar-nos. Há que seguir firme e forte, pois o ano recém iniciou e há muito que ainda precisa ser feito. Pensem nisso!

Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro