A cidade de São Martinho volta a figurar entre as grandes potências do Bolão Nacional. Organizada pela Confederação Brasileira de Bolão (CBBo), o 3º Campeonato Brasileiro de Clubes de Bolão da Melhor Idade Masculino (60+), que reúne as melhores equipes do Brasil na categoria, ocorre de 30 de maio a 01 de junho, no Clube Esportivo São Martinho, com a participação de 13 equipes. Obviamente, uma competição desta natureza guarda momentos especiais e memórias para aqueles que nela participam. Algumas destas experiências, sejam elas positivas ou negativas, serão versadas nesta coluna.
1) Para algumas equipes, especialmente em relação aos representantes gaúchos, a experiência é única e histórica. Duas equipes estão debutando no cenário competitivo nacional do Bolão, nesta edição: Sociedade 13 de Janeiro de Igrejinha e a Sociedade de Bolão São Miguel, de Restinga Seca. Notoriamente, experiências desta ordem não passam despercebidas ou sem "arranhões". Desconhecimento de rotinas, dinâmicas diferenciadas, mas longe de deixá-los assustados. Afinal, tudo tem sempre uma primeira vez. Preparados para os desafios, ambas as equipes garantiram que a pressão não foi nada além que servir de combustível para o ânimo dos dois conjuntos.
Sociedade de Bolão São Miguel de Restinga Seca (RS)
2) Assim como tivemos debutantes, também tivemos uma desistência no torneio. A SER Atalaia, de Guarapuava (PR), acabou por não comparecer à disputa. A alegação, porém, não nos ficou muito clara. A princípio, segundo informações nos bastidores, a medida foi adotada em repúdio à uma decisão regimental da Federação Catarinense de Bolão. Deixamos o espaço desta coluna aberto para que o tema possa ser esclarecido por ambas as partes, se assim o desejarem.

3) Uma das principais queixas dos atletas nos bastidores estava relacionado com a condição física dos participantes (idade+ condição física-). A maioria reclamava, ainda mais enfaticamente, depois de resultados ruins nas canchas. O principal problema é o mesmo de sempre (na categoria): convergir o estilo de vida sedentário com a constante pressão psicológica de que é mais do que chegada a hora de parar de jogar. Só que, em contrapartida, a gritaria geral do grupo acabava por demovê-los da decisão: "Você não está velho, mas se parar, enferruja!" Assim, a disposição voltava à tona e os convencia a voltar para as canchas, pelo menos até o próximo jogo, ou os próximos resultados.

4) O frio, aah o frio! Queixa geral! Como não podia ser diferente, um frio de 9º impactou diretamente a atividade geral no primeiro dia de disputas. O frio deu uma certa "rasteira" no desempenho desportivo, já que exige maior preparo físico dos atletas e uma vestimenta mais encorpada. Entretanto, aparentemente, o maior "efeito" proporcionado por ele foi a desidratação (de "álcool"), para parte dos presentes. O bar permanecia vazio quase o tempo todo.
Edição e Redação: Blog O Braço de Ouro