Um ano se passou e agora vem a mesma pergunta. Talvez fique mais difícil de responder a cada ano que passa. Então é Natal! E lá vem ela de novo, meio inofensiva, mas quando ecoa no fim de ano, tem peso e cobrança: e o que você fez?
Hoje a pergunta volta com outra camada. Agora a questão é não só o que você fez, mas "o quanto de você esteve presente no que fez." O ano passou e rápido. Mas o que ficou? Lembra-se de alguma coisa com nitidez? Um cheiro? Uma conversa? Um campeonato? Um instante que não virou post? Você conseguiu se encontrar dentro da própria rotina? Em qual momento você parou e realmente habitou o tempo presente?
Os novos momentos que estamos vivendo estão sempre sob a lógica da aceleração constante: tudo é urgente, tudo exige resposta imediata, tudo parece insuficiente. Isso vai cobrando um preço cada vez maior. Estar cansado virou o novo normal pra você? Neste caso, cuidado! Havia você dentro do que você produziu?
Talvez o Natal e as Festas de Final de Ano precisem de memórias. Daquelas que a gente guarda no corpo, não em um drive. Presença é quando o tempo passa por nós, mas com a agente dentro. Quando um instante não é só mais um, não porque foi postado, mas porque foi vivido. "Não contar os dias, mas fazer os dias contarem."
Como bem disse Gilberto Gil: "o melhor lugar do mundo é aqui e agora..."
Feliz Natal e Boas Festas! (Adaptado da Crônica Genesson Honorato)
Edição: Blog O Braço de Ouro






